Nesta segunda-feira (28) de janeiro é celebrado o Dia Internacional da Privacidade de Dados. A data instituída em 2006 visa aumentar a consciência das pessoas em relação à privacidade e segurança da navegação na web. Dado ao fato de que o brasileiro passa, em média, mais de 9 horas do dia online, segundo o relatório “2018 Global Digital”, a ciberexposição pode entregar facilmente suas brechas. Soma-se a isso o fato de que o Brasil é um dos países “mais sociáveis” do mundo quando diz respeito ao uso de redes sociais, superando o tempo de três horas e meia em média gasto por dia.
A exposição excessiva nas redes sociais é algo comum no Brasil, identificou um estudo da empresa de cibersegurança Kaspersky Lab desenvolvido na América Latina. A negligência com a privacidade é grande por aqui, onde um em cada quatro brasileiros entrevistados afirmou estar disposto a publicar um “nude” em troca de dinheiro. A mesma pesquisa concluiu que os brasileiros estão mais preocupados com sua imagem online do que com sua segurança online. Entretanto, esse comportamento precisa ser revisto. “O risco de ter um perfil público reside no fato de que informações pessoais podem ser vistas por qualquer pessoa e o proprietário desconhece as intenções de quem o visita e qual será o uso que esta pessoa dará às fotos ou dados publicados”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky Lab na América Latina.
Pensando nisso, reunimos 6 dicas para internautas reverem suas ações na internet e manterem sua privacidade em dia.
1. Tenha cuidado com o que você publica nas redes sociais
Qualquer comentário ou foto que você postar na Internet pode permanecer lá para sempre, uma vez que a exclusão do original (por exemplo, do Twitter) não elimina as cópias feitas por outras pessoas. Não há como “retirar” uma afirmação que você não gostaria de ter feito e tampouco ter controle das suas fotos publicadas no Instagram quando são públicas.
2. Assuma o controle das suas informações
As pessoas que comercializam produtos gostam de saber tudo sobre você, mas os cibercriminosos também. Ambos podem obter muitos dados de seus hábitos de navegação e uso de redes sociais. No entanto, você pode assumir o controle de sua informação. Tanto os navegadores de Internet quanto os sistemas operacionais móveis oferecem configurações que permitem proteger sua privacidade online. Os principais sites, como o Facebook, também oferecem ajustes para aumentar a privacidade. Às vezes, esses ajustes são (deliberadamente) difíceis de encontrar porque as empresas desejam ter acesso às suas informações pessoais por um valor comercial. Recomenda-se ativar essas proteções de segurança e mantê-las ativas sempre.
3. Pense duas vezes antes de mandar uma foto
Pesquisa da Kaspersky Lab, que integra a campanha Ressaca Digital identificou que, nos países da América Latina, 43% dos entrevistados afirmaram ter recebido imagens íntimas de pessoas próximas. Além disso, a investigação revelou que 27% afirmaram ter tirado fotos ou filmado a si mesmo em uma situação íntima com seu dispositivo móvel – e 32% deles são jovens entre 18 e 24 anos. Em média, mais de 70% dos entrevistados armazenam suas fotos e vídeos em seus celulares e que 40% compartilham a senha do aparelho com outra pessoa – situação que pode levar a um vazamento de informações e exposição indesejada. Vale lembrar que a divulgação de imagens íntimas na internet sem o consentimento do retratado é crime. A pena para esses crimes é reclusão de seis meses a 2 anos e aumento de um a dois terços quando houver a divulgação a terceiros do conteúdo obtido.
4. Não armazene conteúdos íntimos no e-mail ou na nuvem
Dependendo do serviço contratado pode haver maior risco de vazamento. Assim, salvar arquivos privados, principalmente conteúdos íntimos, nesses espaços não é uma boa opção. Recentemente, veio à tona um vazamento massivo de um arquivo com milhões de e-mails e senhas em um fórum de hacking.
5. Evite informar onde você está nas redes sociais
A paranoia quanto à cibersegurança deve ser grande em tempos de ciberexposição e cibercrimes. Você realmente precisa informar os locais onde se encontra em uma foto no Instagram ou Facebook? Esse tipo de informação pode ajudar um stalker ou outros personagens mal-intencionados a criarem um perfil completo de você e da sua rotina.
6. Ative a criptografia
Alguns dispositivos e serviços estão equipados com um recurso de criptografia, mas não a ativam automaticamente. Mesmo que você dedique alguns minutos para descobrir se os seus dispositivos ou serviços já utilizam a criptografia, verifique se esta função precisa ser acionada e a faça.Publicado em : http://idgnow.com.br